A Rainha Amélia de Portugal, uma verdadeira fã de Benamôr
A Benamôr foi fundada em 1925, no coração da capital portuguesa. Um misterioso boticário, inspirado nos ingredientes naturais portugueses, criou pomadas milagrosas no seu laboratório no Campo Grande, dando vida a alguns dos principais produtos de beleza em Portugal, como o famoso Creme Facial.
E foi precisamente este creme hidratante anti-imperfeições que chamou a atenção de várias personalidades, entre as quais a Rainha D. Amélia de Portugal, última Rainha Consorte de Portugal.
Para a Benamôr, sempre foi importante manter e promover a ligação da marca a Lisboa e a Portugal. Por isso, quisemos que os nomes das famílias das nossas receitas de beleza estivessem intimamente ligados ao passado da marca e à sua ligação a Lisboa e à cultura portuguesa. Daí o nome "Rose Amélie", uma homenagem à Rainha Amélie, cujo pai era herdeiro da coroa francesa, e à rosa real, um ingrediente com propriedades benéficas para a pele e uma fragrância delicada.
AMÉLIE OU AMÉLIA - UMA MULHER FRANCESA NASCIDA EM INGLATERRA COM UM CORAÇÃO PORTUGUÊS
Maria Amélie Louise Helena de Bourbon-Orleans nasceu em Twickenham, Inglaterra, a 28 de setembro de 1865. Quando veio ao mundo, o seu pai, Conde de Paris e neto do último rei francês, estava exilado desde que Napoleão III assumira a presidência da II República. Só após a queda de Napoleão III, sobrinho e herdeiro de Napoleão Bonaparte, a família de Amélie pôde regressar a França. Amélie foi educada como princesa, embora o seu pai fosse apenas um pretendente à coroa, e a sua adolescência foi passada entre palácios e visitas a parentes reais na Áustria e em Espanha.
Foi em 1886 que Amélia de Orleans conheceu o Príncipe Carlos, Duque de Bragança, quando este se encontrava de férias em Paris. O encanto foi mútuo e a proposta oficial foi feita por Carlos ao Conde de Paris a 6 de fevereiro de 1886. Embora tenha sido um casamento arranjado, sabe-se que os dois se apaixonaram verdadeiramente.
Pessoa de livros e admiradora de ópera e teatro, desempenhou um papel muito importante na corte portuguesa, influenciando-a com o seu carácter culto e elegante. Além disso, a rainha foi sempre o braço direito do rei D. Carlos, a quem fazia questão de acompanhar nas suas viagens de Estado.
Após o regicídio do rei a 1 de fevereiro de 1908 e o estabelecimento da República a 5 de outubro de 1910, a Rainha Amélia foi para o exílio em Inglaterra e anos mais tarde em França.
OS PRODUTOS DA RAINHA E BENAMÔR
E foi precisamente durante o seu exílio que Sua Majestade conheceu o famoso creme facial de Benamôr. Nas décadas de 1930 e 1940, várias personalidades da sociedade portuguesa utilizaram os produtos desta marca. Aliás, na época, muitas destas celebridades escreviam e cantavam louvores a Benamôr.
Numa carta datada de 1935, a Rainha D. Amélia de Portugal admirou publicamente os artigos de beleza da Benamôr. De facto, segundo ela, os seus produtos estavam ao mesmo nível da mais alta cosmética francesa. Quando a Rainha viveu em Portugal, utilizou sempre produtos fabricados no país.
"Quando vivi em Portugal, utilizei sempre e estabeleci como regra na corte a preferência por tudo o que lá se fabricava [em Portugal]".
Mas o curioso é que, mesmo depois do exílio, a rainha continuou a usar cremes portugueses. Aliás, nessa carta, a rainha D. Amélia de Portugal colocava as receitas de Benamôr acima de quaisquer outras, "por maior e justificada que fosse a sua fama".
Isto comprova que, na década de 1930, os produtos Benamôr atravessaram fronteiras, chegando a França. Foi uma antevisão do sucesso que a Benamôr tem hoje no mundo, uma vez que está presente em 30 países, com mais de 50 cosméticos disponíveis.
Esta é a história de uma fã de sangue azul que inspirou o nome da família "Rose Amélie" e veio provar que os produtos Benamôr são dignos da realeza.